A deputada Elcione Barbalho (MDB–PA) foi eleita, nesta última quarta-feira (4), por aclamação, vice-presidente da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher (CMCVM). A deputada Luizianne Lins (PT-CE) foi designada como relatora da comissão.
Elcione agradeceu a oportunidade de ser vice-presidente da comissão e afirmou que com todas as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na política o colegiado está preparado para vencer.
— Não podemos recuar. Temos que mostrar a nossa posição independentemente de partido, nosso partido agora é a mulher. A gente precisa dessa união para que a gente possa avançar cada vez mais — disse.
A deputada Margarete Coelho (PP-PI) solicitou que a comissão dê destaque para violência política que as mulheres sofrem, afirmando que “a violência política é a mãe de todas as violências”.
— Enquanto nós não formos vistas como cidadãs por inteiro, enquanto não ocuparmos espaços de decisão e não fizermos políticas públicas, as mulheres vão ser desfocadas, vão ter sempre essa sensação de degrau quebrado, que a gente pensa que conquistou, que subiu e esse degrau depois se revela muito frágil e sem nos dar sustentação — declarou.
A presidente da comissão senadora Zenaide Maia (Pros-RN) conduziu a eleição e afirmou que vai unir forças para dar visibilidade às mulheres e ao colegiado. As deputadas Áurea Carolina (PSOL-MG) e Angela Amin (PP-SC) também participaram da reunião e destacaram a honra em fazer parte da CMCVM.
— Vamos continuar abrindo caminhos em defesa inegociável dos direitos conquistados pelas mulheres e conquistar mais direitos, porque a gente ainda está muito longe de ter condições igualitárias de acessar todos os espaços, de poder viver uma vida livre de violência. Então estamos juntas e vamos fazer acontecer — afirmou a deputada Áurea.
A apresentação do relatório de atividades do biênio 2017-2018 acontecerá na próxima reunião do colegiado, na quarta-feira (18).
A comissão é integrada por 12 senadores e 12 deputados e tem entre as atribuições, diagnosticar as lacunas nas ações e serviços da seguridade social e na prestação de segurança pública e jurídica às mulheres vítimas de violência, além de apresentar propostas para a consolidação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.