O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, deputado federal Sanderson (PL), disse em entrevista a Gabriela Vinhal e Leonardo Martins, do UOL que irá pedir à Polícia Federal informações sobre a operação que prendeu integrantes do PCC acusados de querer matar autoridades, como o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Segundo Sanderson, a comissão irá pedir à diretoria-geral da PF as “informações possíveis de ser passadas”. Ele diz saber que a investigação está em trânsito e corre em sigilo, mas quer mais dados, temendo que outros políticos possam estar na mira dos criminosos.
Vamos fazer um ofício solicitando as diligências e os nomes das autoridades públicas que teriam sido ameaçadas. A comissão de segurança precisa [dessas informações] para buscar providências. Não sabemos quantos parlamentares estão ali [na lista de alvos]”, disse o deputado Sanderson (PL-RS).
O que aconteceu
- O ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil) era um dos alvos da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades.
- Ao menos nove pessoas já foram presas, todas no estado de São Paulo.
- Além do senador, o promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo, também era um dos alvos do grupo; o MP-SP também auxiliou na operação de hoje.
- “Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos”, escreveu o ministro da Justiça, Flávio Dino, nas redes sociais.
- Extorsão mediante sequestro também era uma das ações planejadas pelo grupo criminoso, segundo a PF.
- Os principais investigados se encontram nos estados de São Paulo e Paraná, diz a PF. Um esconderijo do PCC foi encontrado pela corporação em São José dos Pinhais (PR).
- Alvos da operação Sequaz estão também em Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.