segunda-feira 8 de julho de 2024
Foto: Divulgação
Home / NOTÍCIAS / Comissão da Agricultura do Senado aprova projeto de desenvolvimento da indústria de adubos
quinta-feira 7 de março de 2024 às 06:46h

Comissão da Agricultura do Senado aprova projeto de desenvolvimento da indústria de adubos

NOTÍCIAS


A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado aprovou por unanimidade nesta última quarta-feira (6) o projeto de lei 699/2023, que cria o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert). A proposta prevê uma série de benefícios tributários para incentivar a produção nacional de fertilizantes. Como o projeto tramitava em caráter terminativo, agora ele irá direto para análise na Câmara dos Deputados, sem necessidade de passar pelo plenário do Senado.

De autoria do senador Laércio Oliveira (PP-SE), o projeto recebeu parecer favorável da relatora, a senadora Tereza Cristina (PP-MS). No parecer favorável ao projeto, Tereza Cristina afirmou que o projeto é constitucional e atende todos requisitos de normas financeiras e de adequação orçamentária.

Conforme o projeto, as empresas beneficiárias do Profert terão isenção de PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Importação na aquisição de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, além de materiais de construção para usar ou incorporar no projeto de infraestrutura de produção de fertilizantes. Os benefícios fiscais do Profert passam a vigorar apenas no primeiro dia do ano civil subsequente à publicação do projeto

A consultoria de Fiscalização, Orçamento e Controle do Senado estimou, em nota técnica, um impacto fiscal de R$ 19,55 milhões em virtude do projeto neste ano, R$ 18,74 milhões de impacto orçamentário em 2025 e R$ 18,79 milhões em 2026, em virtude da perda de arrecadação desses impostos. Já o Ministério da Fazenda calcula renúncia de receita provocada pelo projeto de R$ 1,722 bilhão neste ano, de R$ 1,659 bilhão no próximo ano e de R$ 1,678 bilhão em 2026.

O projeto ainda prevê a suspensão da cobrança do Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) sobre as mercadorias destinadas a projetos aprovados no Profert. A taxa é recolhida pela Receita Federal sobre o valor do frete cobrado pelas empresas de navegação que operam nos portos brasileiros.

A ex-ministra da Agricultura defendeu que medidas urgentes devem ser tomadas e priorizadas para incentivo da indústria nacional e diminuição da dependência externa dos adubos. “O Profert constitui um programa essencial para a produção de alimentos, para segurança alimentar do Brasil e do mundo e estratégico para segurança e defesa nacional. Em menos de 30 anos, o Brasil deixou de ser exportador para ser importador de fertilizantes”, justificou Tereza Cristina, acrescentando que o Brasil consome cerca de 8% do volume total de adubos produzidos no mundo. “No médio e longo prazo, o Brasil precisa implementar o Plano Nacional de Fertilizantes”, acrescentou.

O projeto teve o amplo apoio da indústria de fertilizantes em meio à estratégia do setor de ampliar a produção local dos adubos. Do lado do Executivo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foram favoráveis ao projeto como mecanismo para destravar os investimentos pela indústria de adubos.

Veja também

Boeing anuncia acordo com Justiça dos EUA no processo dos acidentes com 737 MAX

A Boeing anunciou nesta segunda-feira, 8, que alcançou um acordo com o Departamento de Justiça …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!