quarta-feira 20 de novembro de 2024
Foto: Divulgação
Home / NOTÍCIAS / Com público recorde, XI Simexmin discute oportunidades para atrair investimentos ao setor de mineração no Brasil
quinta-feira 23 de maio de 2024 às 10:16h

Com público recorde, XI Simexmin discute oportunidades para atrair investimentos ao setor de mineração no Brasil

NOTÍCIAS


A transição energética para fazer frente às mudanças climáticas representa uma oportunidade para o Brasil, que tem todas as condições de ser um supridor mundial de minerais considerados críticos para alguns países. Esta foi a tônica da cerimônia de abertura do XI Simexmin, que acontece em Ouro Preto (MG) e que foi até esta última quarta (22). Reunindo um público recorde de mais de 1.400 inscritos, o evento, organizado pela Adimb (Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro), contou também com 62 estandes de empresas fornecedoras de equipamentos e serviços para o setor e 15 patrocinadores.

Marcos André Gonçalves, presidente do Conselho Diretor da Adimb, assinalou que o Simexmin está se internacionalizando, já que contou com a participação de representantes de vários países e disse que o Brasil pode ampliar a produção de minerais essenciais para a transição energética e que deve fazer isso com responsabilidade, “distribuindo os benefícios para o conjunto da sociedade”.

Rodrigo Cota, representando a SGM do Ministério de Minas e Energia, afirmou que na década de 1990 o Brasil se beneficiou da exportação de commodities minerais para suprir a China e que agora pode tirar vantagem da exportação dos minerais necessários para a transição energética.

Mauro Souza, diretor geral da ANM, pontuou que o Brasil tem estabilidade política, econômica e regulação para atrair investimentos para a mineração e que a ANM tem procurado estimular o diálogo com o setor mineral e a sociedade. E defendeu maior diversidade na mineração, com maior participação de mulheres, assinalando que não havia nenhuma mulher presente da mesa de abertura.

O presidente do SGB (Serviço Geológico do Brasil), Inacio Melo, afirmou que o organismo está empenhado em ampliar o conhecimento do subsolo brasileiro, com foco nos chamados minerais críticos. Ele também anunciou, na ocasião, o lançamento da Plataforma de Recursos Minerais e do relatório sobre o potencial mineral de Carajás. Disse que está em andamento a consulta pública sobre o Plangeo e chamou atenção para o leilão que o SGB realizará no dia 4 de junho visando transferir à iniciativa privada depósitos de ouro, diamante, fosfato e caulim.

O deputado Zé Silva, que preside a Frente Parlamentar da Mineração Sustentável, disse que a mineração precisa se fazer mais presente no parlamento, que está trabalhando para que o setor conte com um arcabouço legal para que a atividade possa ser exercida de forma sustentável e com responsabilidade, virando a página aberta com acidentes como o de Brumadinho. Ele também defendeu um novo sistema de financiamento à pesquisa mineral, porém não explicitou detalhes da proposta. Ele é um dos defensores de que o título minerário possa ser dado legalmente como garantia nos financiamentos à pesquisa mineral.

François Jubinville, Cônsul Geral do Canadá no Brasil, assinalou que o País é o que tem maior participação na mineração brasileira e que o vínculo entre os dois países deve se ampliar no futuro, com mais empresas canadenses investindo em território brasileiro e ampliando a colaboração em termos econômicos e tecnológicos.

Luís Maurício Azevedo, presidente da ABPM, chamou a atenção para o fato de o Brasil ter hoje mais de 100 empresas de mineração listadas em bolsa, sendo que 50 delas estão na TSX (bolsa canadense) 20 na Austrália e 16 em Londres, embora na B3 (bolsa brasileira) se tenha apenas 5. Ele defende que o Brasil encontre meios para promover a listagem de companhias de mineração em estágio inicial na bolsa brasileira.

Júlio Nery, diretor de Sustentabilidade do Ibram, também defendeu que o Brasil crie condições para promover a listagem na B3 e criticou que a ANM não receba os 7% da CFEM a que tem direito. Para ele, a transição energética abre oportunidade para que o Brasil possa avançar na cadeia de produção dos minerais críticos e pediu mais apoio aos centros de pesquisa como o Cetem, que também não tem recebido os 1,8% da CFEM que deveria

Fechando a cerimônia de abertura, o diretor-executivo da Adimb, Roberto Xavier, disse que o Simexmin é um centro privilegiado de debate sobre a pesquisa mineral e anunciou duas atividades importantes que serão desenvolvidas pela entidade este ano: um MBA em gestão de recursos minerais, em convênio com o Ibmec, e a retomada das expedições internacionais promovidas pela Adimb, que se inicia pela Finlândia.

Veja também

Manutenção do acordo de delação de Mauro Cid vai depender do depoimento de hoje

Investigadores que estão na linha de frente da operação desta terça-feira (19) informaram ao blog de …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!