O 13° Batalhão de Bombeiros Militar (13° BBM/Bmar) ampliou a atuação nas praias de Salvador e do interior, para garantir a segurança de banhistas. A ação do Batalhão Marítimo (Bmar), que integra a Operação Verão lançada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), seguirá até o final de fevereiro de 2024.
O objetivo é prevenir casos de afogamento e outros acidentes nesta época do ano em que as praias costumam ser mais frequentadas, principalmente pelo grande fluxo de turistas. Outro fator que exige alerta para as ações preventivas do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) é a ingestão de bebida alcoólica pelos banhistas, o que aumenta o risco de afogamentos.
Neste mês de dezembro, o reforço nas praias da capital baiana será realizado com um incremento de mais de 130 bombeiros militares que atuarão em pontos no Porto da Barra, Farol da Barra, Ondina, Rio Vermelho – nas praias da Paciência e Buracão –, e em Amaralina. De acordo com o soldado BM e guarda-vidas, Bruno Schindler, “a atuação será reforçada nos finais de semana e feriados, com guarda-vidas náuticos e mergulhadores garantindo a segurança de baianos e turistas. O Bmar conta ainda com duas embarcações para salvamento”, completou.
O CBMBA orienta que os banhistas devem sempre procurar uma praia que conte com um serviço de guarda-vidas. “Ao chegar à praia, procure saber qual o melhor local para o banho e, se ingerir bebida alcoólica, evite entrar no mar. Já os pais ou responsáveis, na companhia de crianças, devem manter uma distância segura de um braço, caso queiram se banhar, porque é muito recorrente que essas crianças, por estarem distantes dos adultos, acabem se afogando”, alerta Schindler.
Corrente de retorno
Cerca de 75% dos afogamentos registrados nas praias são nas chamadas correntes de retorno, fenômeno que forma uma espécie de corredor na parte mais rasa do mar, em direção às regiões mais profundas. Com a mudança no sentido, a água faz com que a profundidade do mar seja maior no corredor e, quanto maior ela for, maior será a velocidade da corrente, podendo arrastar o banhista para uma área que não dá pé. Nessa situação, a pessoa pode se desesperar ou cansar, na tentativa de nadar de volta para o raso, e se afogar.
“Nós indicamos com uma bandeira vermelha para que os banhistas não adentrem esse local. Caso o banhista caia na corrente de retorno, indicamos que mantenha a calma, não se desespere, peça ajuda e nunca nade em direção à praia, mas paralelo a ela, saindo lateralmente da corrente”, orienta o bombeiro Bruno.
O mecânico de Belo Horizonte, Pierre Monteiro, de 22 anos, está de férias em Salvador e não tinha conhecimento do perigo das correntes de retorno. “Não sabia, vi a bandeira vermelha e pedi orientação ao bombeiro. Vi que é uma coisa perigosa nesse trecho do mar para nós, banhistas. O mar aqui está agitado e, sem a presença deles, seria impossível adentrar, ainda mais bebendo. É um serviço essencial”, afirmou o turista.