Ex-deputado é sensação no Twitter
Desde que foi preso, Cunha é lembrado por usuários do Twitter por postagens antigas, que eram usadas como comentários de temas diversos.
No post de retorno do ex-deputado à rede social, um dos usuários brincou: “Silêncio, o oráculo vai falar”.
Cunha teve atuação decisiva no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. Em livro a respeito do caso, o ex-deputado afirmou que o então vice-presidente, Michel Temer, “lutou de todas as maneiras” pelo impedimento de Dilma.
Duas prisões revogadas
Cunha foi preso preventivamente em 2016, por desdobramentos da Operação Lava Jato. Ele estava em prisão domiciliar desde março do ano passado, usando tornozeleira eletrônica, por ser considerado do grupo de risco do novo coronavírus.
Em 2017, o ex-deputado foi condenado em um processo da Lava Jato por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo as investigações, Cunha recebeu propina na venda de um campo de exploração de petróleo em Benin, na África. A sentença foi confirmada na segunda instância, pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), com pena de 14 anos e seis meses de prisão.
Cunha também foi condenado por corrupção ativa no âmbito da Operação Sépsis, que investiga um suposto esquema de corrupção para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Como nenhuma das duas condenações teve os recursos jurídicos esgotados, o ex-deputado seguia preso de forma provisória.
No final de abril, a defesa do ex-deputado conseguiu que a prisão preventiva no processo da Lava Jato fosse revogada. A segunda prisão domiciliar, relativa à Operação Sépsis, foi revogada apenas na semana passada, o que permitiu que Cunha ficasse em liberdade. Pela determinação da Justiça, ele não pode sair do país.