O ex-governador alagoano Renan Filho (MDB) tomou posse nesta terça-feira (3) no Ministério dos Transportes, desmembrado do Ministério da Infraestrutura, com seu partido —parte do centrão— em peso e presença de Marcelo Sampaio, ministro emérito de Jair Bolsonaro (PL).
Em sua fala, Renan citou conforme
desafios da pasta, com 60% das rodovias prejudicadas, e cutucou o ex-presidente. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), também compareceu, em um aceno à união do partido para mostrar força no governo.Veja as principais promessas:
- Revisar os contratos de 15 mil obras
- Aumentar as parceiras público-privadas
- Ampliar a malha ferroviária
- Revisar o Marco Regulatório de Ferrovias
- Apresentar um plano objetivo de cem dias nos próximos 15 dias
Nossas estradas são sobrecarregadas, estamos no menor nível de recursos já investidos para esta pasta. Estima-se que demandaria algo em torno de R$ 100 bilhões. Só para ilustrar, essa situação desperdiça 100 bilhões de diesel anualmente, sem falar em gasto com pneus e a perda de vidas.”
Renan Filho, ministro dos Transportes
A cúpula do MDB se reuniu para a posse do primeiro dos três ministros que o partido terá no governo Lula. Estiveram presentes:
- Ex-presidente José Sarney
- Governador de Alagoas, Paulo Dantas
- Ministra do Planejamento, Simone Tebet
- Ministro das Cidades, Jader Filho
- Senador Renan Calheiros (AL)
- Senador Marcelo Castro (PI)
- Deputado Baleia Rossi (SP), presidente do partido
- Deputado Isnaldo Bulhões (AL), líder do partido na Câmara
- Ex-senador Romero Jucá (RR)
Representando os petistas, estavam o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante (PT).
Renan fez um discurso duro, criticando a gestão Bolsonaro no setor. “O baixo investimento associado à alta demanda tem resultados claros: buracos logo abertos pouco depois de asfaltados”, disse.
Por outro lado, ele elogiou a presença de Sampaio, servidor de carreira e ministro que substituiu o atual governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), que comandou a pasta por 3,5 anos —e aproveitou para cutucar Bolsonaro.
[Sampaio] deixa o cargo de maneira digna, enquanto outros saíram do país para não passar o cargo.”