Na conversa que terá com Lula (PT) antes da posse do novo governo, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), defenderá segundo a revista Veja a construção de uma quarta usina nuclear no Rio de Janeiro– atualmente, o Estado tem as usinas de Angra 1 e 2 em operação e de Angra 3 em obras.
Uma nova usina nuclear no Brasil está prevista no Plano Decenal de Expansão de Energia 2031 do MME. Técnicos do governo agora estudam onde será instalada a nova planta. Além do Rio, os estados de Pernambuco e Maranhão estão na briga para levar o empreendimento para os seus territórios, dado o elevado potencial de geração de empregos diretos nas fases de construção e operação.
Políticos do Rio ouvidos pelo Radar contaram que a vantagem do Estado na disputa está relacionada a sua ligação histórica com a indústria nuclear. Além das três usinas (duas operando e uma em construção), o Rio tem três das maiores empresas da área no país, no caso a Eletronuclear, a Nuclep, de construção pesada, e a INB, de enriquecimento de urânio. A cidade de Angra dos Reis já teria toda a infraestrutura de terrenos e transportes para uma nova usina.
No Rio, há um entendimento nos bastidores de que no Congresso o Nordeste tem mais força política para atrair a nova usina para a região. O caminho seria, portanto, o de convencer a próxima gestão de que o melhor lugar seria no Estado.