O ex-presidente Jair Bolsonaro precisou passar por atendimento no hospital Albert Einstein na manhã deste sábado, 7, por causa de falta de ar e uma forte gripe. Segundo pessoas próximas, o quadro de saúde dele não é grave e foi necessário fazer apenas nebulização. Bolsonaro logo deixou o estabelecimento. “Não foi nada demais”, disse o pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação.
Mais cedo, ele publicou um apelo aos seus apoiadores chamando-os para o ato desta tarde. Bolsonaro voltou a pedir o boicote às solenidades oficiais e disse que o governo Lula é “voltado a ditaduras”.
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“Essa semana não é a semana da Independência. Um País sem liberdade não pode comemorar nada nessa data. Eu peço a vocês que não compareçam a nenhum ato cívico patrocinado por governo federal, que não tem qualquer compromisso com a nossa liberdade. É um governo voltado a ditaduras, contra aquilo que há de mais sagrado em nosso meio, que é a liberdade”, disse o ex-presidente.
Quando convocou o ato, na semana passada, Bolsonaro disse que o principal mote era a anistia aos presos pelos ataques antidemocráticos do 8 de janeiro. No entanto, ao longo da semana, Malafaia disse que é o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, autor da decisão que suspendeu a rede social X e relator das investigações que têm o potencial de levar o ex-presidente para atrás das grades — como o caso das joias sauditas, da tentativa de golpe de Estado e da fraude aos cartões de vacinação. Por isso, a subida no tom contra a Corte pode inflar a animosidade do Tribunal contra o ex-presidente.
Durante a manhã, Moraes e outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) — Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso — acompanharam o presidente Lula nos desfiles oficiais do 7 de setembro em Brasília. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) foi, mas o da Câmara, Arthur Lira (PP), não.