O Brasil realizou pela primeira vez exportação comercial de energia elétrica para Argentina e Uruguai a partir de excedentes hidrelétricos, após janeiro terminar com as melhores condições de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN) dos últimos 11 anos.
Os lagos das usinas atingiram o patamar de 69,8% no Sudeste/Centro-Oeste, 86,9% no Sul, 75,7% no Nordeste e 89,3% no Norte, o que contribuirá para o cumprimento dos objetivos de segurança do atendimento e modicidade tarifária nos próximos meses, disse o Ministério de Minas e Energia em nota.
“Como consequência da elevada disponibilidade de recursos energéticos, foi mencionada a verificação, no último mês, de excedentes de energia e vertimentos em todos os subsistemas”, disse a pasta, após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Além disso, o ministério pontuou que as bacias dos rios São Francisco e Grande permanecem com operação em condição de cheia, conforme diretrizes adotadas em prol da gestão dos usos múltiplos das águas e da devida segurança à população.
Segundo o ministério, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou a indicação de pleno atendimento tanto em termos de energia quanto de potência até o fim de julho, com perspectiva de atingimento dos maiores níveis de armazenamento dos últimos anos ao final do período tipicamente úmido, em abril.
A maior parte da energia gerada no Brasil vem da fonte hidrelétrica. Com os reservatórios cheios, após chuvas acima da média em algumas áreas do Brasil em janeiro, o país realizou a abertura das comportas de usinas, incluindo a Binacional Itaipu.
O crescimento expressivo da capacidade de geração de energia elétrica renovável e chuvas abundantes estão pressionado os preços da energia no mercado livre no Brasil, com quedas que superam 50% frente aos patamares negociados no ano anterior.