As novas fases da operação Lava-Jato do Rio enfrentam problemas para deslanchar. O motivo segundo o jornal O Globo, é que grandes acordos de delação firmados com a Procuradoria-Geral da República (PGR) envolvendo autoridades locais estão parados no gabinete do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer, aguardando homologação. Fisher é relator de parte das investigações da Lava-Jato do Rio na corte.
Entre as delações que aguardam a validação do STJ há mais de três meses está segundo a coluna de Bela Megale a de José Carlos Lavouras, ex-conselheiro da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio). Segundo fontes que acompanham a negociação, Lavouras relatou crimes envolvendo aproximadamente dez magistrados do Rio, entre desembargadores do Tribunal de Justiça e juízes de primeira instância.
Devido a problemas de saúde, o ministro Fischer se licenciou algumas vezes neste ano. Nesta semana, ele também não participou de julgamentos no STJ, novamente por questões de saúde. Fischer é considerado um dos magistrados mais linha-dura do tribunal. Em agosto, ele derrubou a decisão judicial que concedeu prisão domiciliar a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro investigado no caso das rachadinhas. A prisão domiciliar, porém, acabou restaurada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.