Com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,9% no ano passado, o Brasil voltou conforme João Sorima Neto, do O Globo, ao grupo das dez maiores economias globais. Segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, considerando o PIB em valores ainda preliminares, a economia brasileira somou US$ 2,1 trilhões. É a nona maior do planeta.
Os Estados Unidos lideram o ranking, com PIB de US$ 26 trilhões, seguidos de China (US$ 17 trilhões) e Alemanha (US$ 4,4 trilhões).
Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2022, o Brasil era a 11ª maior economia global, com um PIB de US$ 1,9 trilhão.
No ano anterior, 2021, a economia brasileira era a 12ª maior do planeta, ainda segundo dados do FMI, mesma posição de 2020. Em 2018 e 2019, o Brasil tinha o nono maior PIB global – mesma posição atual.
Ritmo de expansão
Considerando a taxa de crescimento do PIB, o Brasil ficou em 14º lugar entre os que tiveram expansão mais acelerada, segundo ranking elaborado pela Austin com o desempenho de 54 países.
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Na primeira posição, aparece a Mongólia com crescimento de 7,1% em 2023, seguida de Índia 6,7% e Irã 6,4%. A China aparece na sexta posição, com crescimento de 5,2%.
O Brasil ficou à frente da maior economia do mundo, os Estados Unidos, que apresentou crescimento de 2,5% no passado, na 17ª posição, e de países desenvolvidos como Espanha (crescimento de 2,4% e 20º lugar no ranking) e Portugal (2,3% de crescimento e 21º lugar no ranking).
Entre os latino-americanos, o México superou o Brasil com expansão da economia de 3,4%, ficando na 12ª posição.
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, observa que o crescimento de 2023 veio dentro de uma banda esperada pela consultoria — algo entre 2,8% e 3%.
Ele lembrou que o ano passado começou com uma expectativa de crescimento da economia de menos de 1%, mas com a melhora do cenário interno e o desempenho espetacular do agro, a trajetória de crescimento subiu.
— O agro foi o ponto fora da curva com crescimento de 15,1%. A última vez que o setor tinha se expandido tanto foi em 2017, com alta de 14,2% com o boom de commodities pelo mundo.
Para este ano, já se vê perda de fôlego da economia, diz Agostini, especialmente com o enfraquecimento dos investimentos — que voltou aos patamares de 2020.
— O cenário doméstico está mais desafiador, com destaque para o ambiente fiscal. Mas o país tem indicadores positivos como contas externas em ordem, juros em queda, volume de crédito crescente, Bolsa batendo recordes. Por isso, os investidores acreditam que há algo de positivo no país — afirma.
Veja o ranking de crescimento
1) Mongólia: 7,1%
2) Índia: 6,7%
3) Irã: 6,4%
4) Malta: 5,6
5) Filipinas: 5,6%
6) China: 5,2%
7) Indonésia: 5%
8) Vietnã: 5%
9) Turquia: 4,5%
10) Islândia: 4,2%
14) BRASIL: 2,9%
Fonte: Austin Rating