Sob uma placa com o slogan “um chamado à rebelião”, o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) oficializou em convenção nesta última sexta-feira (20) a candidatura da ativista sindical Vera Lúcia, 50, à Presidência da República.
“Os trabalhadores devem se organizar e fazer uma revolução. Só isso é capaz de mudar este país”, disse a presidenciável durante o evento, no Sindicato dos Metroviários de São Paulo, no Tatuapé (zona leste).
O professor maranhense Hertz Dias, 47, também do PSTU, será o vice na chapa, que não terá coligação com outros partidos. Há “uma completa falta de opções”, dizem dirigentes da legenda.
Para Vera, os trabalhadores não devem ter expectativa de que as eleições serão capazes de transformar o Brasil, já que são “um jogo de cartas marcadas”. Daí a necessidade de uma revolução, diz.
A adesão de partidos do centrão à campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), nesta quinta (19), simbolizou a escolha da classe empresarial pelo candidato mais viável para ela, na opinião da candidata socialista.
“É o movimento de setores da burguesia para encontrar seu candidato. Eles têm vários pré-candidatos, mas agora começam a se afunilar e a escolher seus porta-vozes”, afirmou.
Em entrevista à Folha de S.Paulo em abril, a socialista disse que, se for eleita, expropriará cerca de cem empresas e que a prioridade passará a ser o atendimento às necessidades da população.