A manifestação convocada por entidades e movimentos de esquerda para protestar contra o projeto de anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023 teve baixa adesão em São Paulo.
O ato, organizado por organizações sociais como a CMP (Central de Movimentos Populares) e movimentos como Brasil Popular e Povo Sem Medo reuniu representantes de partidos políticos, como o PT, o PSOL, o PC do B e a UP, e de entidades sindicais como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), e a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
Os manifestantes se concentraram na praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, e marcharam sentido o 36º DP, no Paraíso. O prédio onde hoje funciona o 36º DP abrigou o DOI-Codi, Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna, órgão de repressão da ditadura.
Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ) discursaram em carro de som. O psolista, inclusive disse que o público presente era maior do que o da manifestação bolsonarista em Copacabana, no último dia 16, e puxou o coro de “sem anistia”.
Contagem feita pelo Monitor do Debate Político do Cebrap e pela ONG More in Common apontou 6.560 manifestantes presentes. A margem de erro é de 12%. Já em estimativa do departamento de Inteligência da Polícia Civil, o público presente foi de cerca de 5 mil manifestantes.
De acordo com os mesmos pesquisadores, a manifestação no Rio de Janeiro teve 18,3 mil pessoas no seu ápice, cerca de três vezes o público deste domingo. Em um post nas redes sociais, a Polícia Militar disse que o ato em Copacabana reuniu 400 mil pessoas. Segundo levantamento do Datafolha, 30 mil pessoas estiveram na manifestação.
Estiveram presentes também a deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP), a presidente do PSOL, Paula Coradi, e a vereadora Amanda Paschoal (PSOL).