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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comanda reunião com ministros no Palácio do Planalto - Foto: Ricardo Stuckert/PR
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segunda-feira 3 de julho de 2023 às 15:58h

Com Bolsonaro inelegível, ordem no Planalto é esquecer ex-presidente e focar em 2024

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Encerrado o julgamento do TSE que tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível, a ordem dentro do Palácio do Planalto segundo o colunista Valdo Cruz, do g1, é parar de falar no ex-presidente e traçar estratégias para derrotá-lo nas principais cidades nas eleições municipais de 2024, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Assim, o governo pretende enfraquecê-lo ainda mais politicamente. A avaliação é que, se a economia seguir se recuperando, as chances de candidatos apoiados por Lula e seu grupo serão maiores, reduzindo o espaço da extrema direita, fortalecendo o centro, e isolando candidatos apoiados por Bolsonaro.

Em São Paulo, o ex-presidente já está tentando adotar uma estratégia para tentar ganhar a prefeitura da capital apoiando o atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB. Ou seja, um nome de centro, e não da extrema direita. Exatamente sabendo que haverá esforços para tentar isolar o seu grupo político mais próximo.

No Rio, o presidente Lula tende a apoiar a reeleição do atual prefeito, Eduardo Paes, do PSD, partido que integra a sua base eleitoral. Bolsonaro pode apoiar o lançamento de seu vice, Braga Netto, que não ficou inelegível.

Em Belo Horizonte, o PT não tem um candidato forte e busca uma aliança para evitar que um candidato apoiado pelo ex-presidente vença a disputa na capital mineira.

Enquanto isso, no PL, a avaliação é que a condenação do ex-presidente Bolsonaro no TSE reduz o seu poder político dentro do partido no médio prazo.

Por enquanto, a estratégia do comando do partido é manter o ex-presidente em evidência visando as eleições municipais do próximo ano, e torná-lo cabo eleitoral em 2026.

Mas os interlocutores de Valdemar da Costa Neto avaliam que o ex-presidente vai chegar em 2026 mais dependente do partido do que o partido dele. Vai, pelo menos, equilibrar as forças dentro do PL. Hoje, Bolsonaro se sente dono da sigla, que tem dono, Valdemar da Costa Neto.

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