O prefeito foi alvo da Operação Abismo, em 2018, e denunciado por desvio de R$ 92,5 milhões da previdência municipal
Por força de liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o prefeito da cidade de Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco, Lula Cabral (PSB), reassumiu nesta quarta-feira (16) seu mandato, demitindo 600 comissionados e utilizando uma tornozeleira eletrônica que monitora seus passos, agora na função que lhe rendeu uma prisão durante três meses e denúncia em ação penal sobre crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O prefeito foi recebido com festa por servidores.
Lula foi alvo da Operação Abismo, em 2018, e denunciado com mais quatro réus acusados de receber propina para transferir R$ 92,5 milhões da previdência municipal (Caboprev), de uma instituição financeira sólida para uma empresa composta por ativos de risco.
Segundo o site G1, Lula Cabral se encontrou com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara que é de seu mesmo partido, o PSB, e teve reuniões com secretários que teriam, segundo nota publicada pelo prefeito, colocado seus cargos à disposição.
“Os atuais cargos de confiança foram exonerados para que os novos secretários tenham a liberdade de escolher suas equipes”, diz a nota do prefeito.
Veja a recepção festiva ao prefeito:
O prefeito chegou ficar preso por três meses ao ser alvo Operação Abismo, deflagrada há um ano. Ele foi solto em janeiro. E havia tido seu afastamento do cargo prorrogado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região em julho.
A defesa de Lula Cabral afirma que solicitou o fim da medida cautelar de monitoramento por tornozeleira eletrônica. E a decisão o autoriza a reassumir o cargo até o julgamento do mérito do processo pelo STF. E a determinação do presidente do STF vale até o julgamento definitivo do processo.