Com trajetória na esquerda desde sua entrada na política, nos anos 70, o ex-deputado Aldo Rebelo (PDT) chamou atenção ao ser indicado por Ricardo Nunes (MDB), com aval do ex-presidente Jair Bolsonaro, para substituir Marta Suplicy no cargo de secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo. Ainda assim, a indicação de Aldo para a prefeitura não foi surpresa para a base bolsonarista. As informações são do jornal, O GLOBO.
Rebelo iniciou sua vida na política em 1970, como líder estudantil, fazendo oposição ao regime militar como integrante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Chegou a ser secretário-geral e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e foi um dos fundadores da União da Juventude Socialista (UJS).
Em 1984, fez parte da campanha “Diretas Já”, movimento popular de oposição à ditadura, que pedia a volta das eleições diretas para a Presidência da República. Anos depois, em 1989, foi pela primeira vez eleito vereador na cidade de São Paulo, pelo PCdoB.
Mais recentemente, Rebelo começou a aparecer flertando com ideias mais ligadas à direita, com críticas à pautas de minorias e inclusive rechaçando publicamente chamar o 8 de janeiro de golpe, dizendo que foi criada “uma fantasia” para legitimar a polarização no país. Segundo aliados do ex-presidente, Aldo e Bolsonaro sempre tiveram uma boa relação, já que o pedetista é defensor da propriedade privada e tem boa interlocução com o agronegócio e com os militares.
Atuação nacionalista
Deputado federal por São Paulo de 1991 a 2011, é autor de projeto que proíbe o uso de estrangeirismos, tais como “internet banking” e “sale”. Também apresentou proposta criando o Dia do Saci Pererê.
Articulador político de Lula
No primeiro mandato de Lula, Aldo Rebelo, então filiado ao PCdoB, foi ministro de Assuntos Institucionais, responsável pela articulação política. No cargo, enfrentava desconfiança por parte do PT.
Presidente da Câmara
Com o apoio do governo Lula, Aldo foi eleito presidente da Câmara em 2005, em disputa apertada, que foi para o segundo turno, contra José Thomaz Nonô (PFL-AL).
Ministro de Dilma
Na gestão Dilma Rousseff, comandou os ministérios do Esporte, Ciência e Tecnologia e o da Defesa. Foi um dos responsáveis pela organização a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Vice de Marta
Em 2008, foi vice na chapa de Marta Suplicy (PT), para a prefeitura de São Paulo. Em 2017, após 40 anos, deixou o PCdoB e se filiou ao PSB. Depois passou pelo Solidariedade e hoje, está no PDT.