Os eleitores da cidade de Maiquinique, no sudoeste da Bahia, voltaram às urnas neste último domingo (27), para escolher o prefeito e o vice-prefeito da cidade em uma eleição disputada voto a voto. A vitória ficou com Valéria Silveira (Podemos) que derrotou Chico Batoré (Solidariedade) e foi eleita com 50,57% dos votos. Kaike Jardim foi eleito vice-prefeito.
A prefeita eleita teve 2.873 votos, apenas 65 votos a mais do que Chico Batoré, que teve 2.808 votos e ficou com 49,43% do total. Às 18h32, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou o resultado do pleito.
Ao todo, foram contabilizados 5.681 votos válidos. Já os votos brancos e nulos foram, respectivamente, 27 (0,46%) e 175 (2,97%). No total, 5.883 eleitores compareceram às urnas para e eleição que teve 23,86% de abstenção.
No sábado (26), o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) esteve em Maiquinique e participou do último ato de campanha em apoio a Valéria Silveira.
A eleição para os cargos foi realizada após o TSE cassar os mandatos dos chefes do executivo eleitos em 2020. O ex-prefeito Jesulino de Souza Porto e a ex-vice prefeita Marizene Santos Gusmão foram cassados em novembro de 2021, por abuso de poder econômico e captação ilícita de votos nas eleições.
Na decisão, divulgada em novembro de 2021, constava que Jesulino de Souza e Marizene Santos distribuíram combustível durante o período eleitoral para obtenção de voto. Os políticos teriam feiro uma carreata na cidade e cerca de 320 veículos, entre motos e carros, foram abastecidos com valores entre R$ 15 e R$ 30.
O combustível gratuito foi oferecido nos dois postos do município, independentemente dos motoristas serem simpatizantes ou não do candidato. Jesulino de Souza seria, inclusive, dono de um desses estabelecimentos.
Ainda em 2021, o prefeito e a vice recorreram da decisão, mas em julho deste ano, o TSE confirmou a cassação dos dois mandatos. Com isso, os votos atribuídos à chapa foram anulados e foi determinada a organização de nova eleição.