Com 142 deputados na Câmara dos Deputados, o União Brasil, o PSD e o MDB, cada um com três ministros de Lula, entregaram apenas oito votos (5% da bancada desses partidos) segundo Dimitrius Dantas, do O Globo, para o governo na votação desta quinta-feira que derrubou dois parágrafos de decretos da Presidência sobre o Marco do Saneamento. As medidas haviam irritado o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e outros parlamentares. As mudanças apresentadas pelo governo federal caíram com um placar de 295 a 136 pela derrubada da norma.
Segundo dados da Câmara dos Deputados, apenas oito parlamentares deste grupo de partidos seguiram o posicionamento do governo: um do MDB e sete do PSD: Ricardo Maia (MDB-BA), Átila Lins (PSD-AM), Paulo Magalhães (PSD-BA), Otto Alencar Filho (PSD-BA), Diego Andrade (PSD-MG), Diego Coronel (PSD-BA), Célio Studart (PSD-CE) e Gabriel Nunes (PSD-BA). Nenhum deputado sequer do União votou com o governo. Na votação, participaram 432 deputados, com uma abstenção.
Mesmo considerando apenas os 107 deputados dessas três siglas que estavam presentes na votação, o apoio equivale a 7% dos parlamentares de União, PSD e MDB presentes.
Esses três partidos são relevantes na Esplanada dos Ministérios não apenas porque indicaram, cada um, três nomes para o gabinete do presidente Lula, mas porque a aliança formada entre o Palácio do Planalto e eles é vista como essencial para aprovação de projetos do governo, além de emendas constitucionais.
O PSD indicou os ministros da Agricultura, Pesca e Minas e Energia, enquanto o MDB é o partido dos ministros dos Transportes, Cidades e Planejamento. Por fim, o União indicou para as pastas do Turismo, Integração Nacional e Comunicações.
Confira, abaixo, como cada um dos partidos votou:
- SIM: Votou favorável à derrubada do decreto (contra o governo)
- NÃO: Votou contrário à derrubada do decreto (a favor do governo)