Mesmo após diversas insistências por parte de Lula e aliados, o economista André Lara Resende se manteve firme segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, em não aceitar o convite para o Ministério da Planejamento.
Além da baixa disposição de voltar a morar em Brasília, longe de sua família, em São Paulo, outro fator pesou. O economista torce o nariz para as negociações políticas com o Congresso Nacional, uma das responsabilidades da pasta.
O Planejamento abrigará a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), que define as verbas de diversas áreas do governo e faz a Lei Orçamentária Anual (LOA), que é modificada e aprovada pelos parlamentares.
Segundo interlocutores, Lara Resende não está disposto a ter rotina de intensos diálogos com deputados e senadores, ou entrar em embates constantes com tantos atores partidários.
Entretanto, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), não desistiu de ter Lara Resende como colega no futuro governo Lula. Ele e sua equipe tentam encaixar o economista na pasta para não ficar sem os conselhos de um dos pais do Plano Real.