Com Ciro Gomes abraçado a João Santana e Lula pendurado na máquina petista, a ala mais próxima ao centrão no governo começou a cobrar Jair Bolsonaro, ainda sem partido nem estrategista.
Um ministro que acompanhou Bolsonaro numa viagem recente, diz conforme a revista Veja, que até a comitiva presidencial cobre as agendas de Bolsonaro com amadorismo: “Só uns celulares filmando, coisa improvisada”.
O bolsonarismo que depende de votos para se manter na Câmara e no Senado anda em desespero com a falta de pressa de Bolsonaro. Avalia que não há mais uma onda contra a política e que Bolsonaro não terá mais importantes bandeiras para carregar na campanha.
Lava-Jato? Ele foi o presidente que disse que acabou com a operação, mesmo tento sido eleito com a promessa de fortalecer as ações.
Sergio Moro? O ministro que teria carta branca para promover o maior combate à corrupção dos últimos tempos foi varrido do governo por não concordar com o aparelhamento da Polícia Federal pelo presidente, que não queria “ferrar um amigo meu ou parente” com investigações.
Sem a bandeira do combate à corrupção, Bolsonaro precisará de uma nova onda contra o PT para conseguir votos. É aí que Lula entra no jogo.