Por conta do apagão nacional, a audiência pública sobre integração das instituições civis e militares na prevenção e resposta a desastres Na Bahia, prevista para acontecer na manhã desta terça-feira (15), foi transformada em reunião ampliada, realizada na Galeria dos ex-presidentes, pela Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa.
O objetivo do evento, que reuniu parlamentares, profissionais, pesquisadores, gestores e representantes de órgãos públicos, foi socializar com o Parlamento e demandar apoio na divulgação do IV Congresso Internacional de Desastres em Massa (Cidem), que acontecerá na semana que vem, de 23 a 26, em Feira de Santana, com o tema Desastres com Barragens, Inundações e Resíduos Tóxicos.
Coordenada pelo presidente Pablo Roberto (PSDB), a mesa da reunião foi composta pelos deputados Robinson Almeida (PT) e Hilton Coelho (Psol), e pelos coordenadores do projeto Cidem, que organizam o congresso. O professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Jeidson Marques palestrou sobre a contribuição do projeto na prevenção e resposta a desastre; o corregedor chefe do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, coronel Júlio Nascimento, a respeito da percepção de risco, controle de pânico e evacuação em escolas; e o professor da Uefs e enfermeiro da Samu, Antônio Carlos Estrela, a respeito do treinamento das equipes de Saúde para atendimento de vítimas de desastres.
Congresso Internacional de Desastres em Massa
Sobre o projeto de extensão Cidem, da Uefs, iniciado em 2014, seu coordenador informou sobre as ações e o reconhecimento mundial, pela contribuição que tem dado às instituições militares, promovendo a integração entre elas em treinamentos de grande porte.
Com relação à quarta edição do congresso, em Feira de Santana, Jeidson Marques adiantou a construção de vários cenários para treinamento: um com uma barragem de grande porte, que será rompida, mostrando o que aconteceu em Brumadinho, em Mariana, onde bombeiros, os policiais e todas as instituições aprenderão como atuar.
Também serão vivenciados cenários no Campus da Uefs, com a evacuação de salas de aula, da creche da escola e da Universidade – e, ainda, de vazamento de produtos perigosos, mediante um ataque terrorista proposital. A proposta é mostrar como o desastre acontece e como reagir e prevenir tais situações.
“Então, a gente pretende muito que essa experiência seja muito vista e disseminada por todo o país, por toda a América Latina, por todo o mundo. Geralmente, os treinamentos acontecem em outros países, quando estão diante de grandes eventos, como jogos da Copa do Mundo, e o Brasil mostra para o mundo que a gente, aqui, pensa nisso, se preocupa com isso, e faz treinamento, independentemente de termos grandes eventos vindouros”, afirmou.
Apoio
Depois de informar a respeito do projeto e do IV Cidem, a equipe organizadora visitou o presidente da ALBA, deputado Adolfo Menezes, solicitando apoio na socialização das ações e na divulgação do evento. Menezes reconheceu a importância do Congresso em questão “com milhares de pessoas de outros países participando, um tema tão importante, a simulação de vários desastres e com treinamento”, disse, manifestando pleno apoio à iniciativa e disponibilizando os serviços de comunicação da Casa.
Para o presidente da comissão, Pablo Roberto, a reunião foi fundamental para socializar o congresso com o Parlamento, ainda desconhecido por muitos, e informar aos participantes e aos bombeiros sobre os ajustes finais para a realização do grande congresso internacional.
Segundo o tucano, o IV Cidem terá um efeito muito grande em vários níveis, “por exemplo o Governo Federal estará todo aqui, e toda a experiência que for adquirida pelo Ministério da Defesa, Meio Ambiente, a Defesa Civil nacional, estadual e municipal, durante a realização do evento, na volta de cada um pras suas esferas e serão transformadas em políticas públicas e programas de governo, que é muito importante para todos nós”, afirmou.
Depois da reunião, uma comitiva, liderada pelo deputado Pablo Roberto, foi recebida por Adolfo Menezes, na sala da Presidência.