quinta-feira 4 de julho de 2024
Na cerimônia, que contou com a participação de intelectuais e autoridades, o presidente da ALBA, deputado Adolfo Menezes, fez questão de destacar a "importância histórica da coleção" Foto: Carlos Amilton/Agência ALBA
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quinta-feira 23 de novembro de 2023 às 13:06h

Coleção Bicentenário do 2 de Julho é lançada pelo Programa AL-BA Cultural

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Foi lançada nesta última quarta-feira (22), na sede do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), a coleção “Bicentenário do 2 de Julho”, impressa em regime de coedição com a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) como parte do Programa AL-BA Cultural. Na ocasião, também foi lançado o livro de caráter ensaístico “Escritos Sobre o 2 de Julho – Memória e Política”, fruto de extensa pesquisa realizada por funcionários do Legislativo, historiadores, da Diretoria Parlamentar através do Departamento de Pesquisa da ALBA.

A cerimônia contou com a presença do presidente do Parlamento baiano, deputado Adolfo Menezes, que compôs a mesa ao lado do presidente do IGHB, Joaci Góes, e dos desembargadores Cássio Miranda, Baltazar Miranda e Lidivaldo Britto. Também foram convidados à mesa a juíza do TJBA, Andréa Miranda, o historiador, funcionário da Assembleia e um dos autores dos ensaios de “Escritos sobre o Dois de Julho – Memória e Política”, Daniel Duarte, além de dois editores da coleção, o diretor do IGHB Jorge Ramos, e o orador oficial do IGHB, professor José Nilton Pereira.

Importância

Adolfo Menezes destacou a importância histórica da coleção Bicentenário do Dois de Julho, com livros que estavam fora do catálogo das editoras comerciais há décadas, agora relacionados nos sete títulos que a integram. “Nesse instante, reverenciamos o sacrifício de homens e mulheres, gente do povo, que derramou sangue negro, branco, mestiço e índio, juntos, irmanados, em prol da causa da liberdade e da justiça”, disse o presidente.

Ele ressaltou ainda que “é preciso lembrar sempre às novas gerações que o exército libertador foi integrado pelo povo…, sem distinção social, étnica, de gênero ou religiosa, simbolizados nas figuras do caboclo e da cabocla”. Nesse sentido, Adolfo Menezes apontou a importante produção do Programa AL-BA Cultural, afirmando que “preservar a história da guerra da independência e dos sacrifícios inerentes à luta é responsabilidade do Poder Legislativo da Bahia”.

“Os livros ora lançados se inserem nesse dever, pois entendo que a publicação de obras de elevado valor histórico memorialístico, cultural e literário, contribui para a construção da nossa cidadania. Este é o cerne, a razão de ser do Programa ALBA Cultural, que o Legislativo executa com o apoio de instituições como Instituto Geográfico e Histórico, da Academia de Letras da Bahia, da Associação Comercial da Bahia, das nossas universidades e de outros tantos órgãos e instituições parceiras nessa tarefa de preservar a nossa essência”, declarou.

O presidente do IGHB, Joaci Góes, homenageou o presidente da ALBA, declarando que a parceria entre as duas instituições foi bastante ampliada durante a sua gestão. “Eu quero aqui de público expressar a minha admiração e o meu reconhecimento pela enorme sensibilidade que o deputado Adolfo Menezes tem revelado como gestor, no exercício da presidência da Assembleia Legislativa, ao reconhecer que esta casa (IGHB) é um dos braços culturais da Assembleia Legislativa. Lá é a Casa do Povo. Aqui é a Casa da Bahia. Portanto, nada mais adequado do que uma associação entre essas forças”.

Um dos organizadores da coleção, Jorge Ramos, diretor do IGHB, afirmou que a coleção ora lançada é “a maior homenagem já prestada ao 2 de Julho”. Ele lembrou que o povo baiano é o único do Brasil que realmente festeja a independência. “O povo baiano construiu o 2 de Julho ao longo de 200 anos e nada mais justo que fazer essa homenagem”, declarou. O professor José Nilton Pereira foi na mesma direção do colega e afirmou que, “na Bahia, nunca se fez uma homenagem tão elevada ao 2 de Julho”.

O funcionário da ALBA Daniel Duarte, um dos autores do livro Escritos Sobre o 2 de Julho, disse que a obra da qual participa como ensaísta tem como proposta disse que a ALBA marcou de várias formas o bicentenário da independência do Brasil na Bahia. “Estes lançamentos fecharam o processo. Escritos sobre o 2 de Julho faz uma contribuição modesta para a riquíssima produção crítica que existe sobre a nossa independência”.

Obra

Considerada pelos professores do IGHB como maior tributo prestado, no ramo editorial, à data magna da Bahia, a Coleção “Bicentenário do 2 de Julho” reúne sete publicações, contendo textos e autores considerados clássicos – alguns até inéditos em livros – que abordam, descrevem e relatam múltiplos aspectos dessa epopeia: a guerra ocorrida na Bahia para consolidar a Independência do Brasil.

Acondicionados em uma caixa, os sete livros da coleção, primorosamente editada por Jorge Ramos, Sérgio Mattos e José Nilton Carvalho Pereira, com projeto gráfico de Alan Maia, serão distribuídos para bibliotecas de toda a Bahia e elevam o programa editorial executado pelo Legislativo em parceria com o Instituto Geográfico e Histórico, instituição conveniada com o Parlamento.

Juntamente a ela, foi lançado o livro de caráter ensaístico “Escritos sobre o 2 de Julho – Memória Política”, fruto de extensa pesquisa realizada por funcionários do Legislativo, historiadores, da Diretoria Parlamentar através do Departamento de Pesquisa da ALBA.

Os textos, em sua maioria, constam do acervo de edições da Revista do IGHB, publicada desde 1894, e são de autoria de notáveis membros da instituição, historiadores, professores, pesquisadores e intelectuais baianos que integraram em algum momento de suas vidas os quadros da instituição que há 130 anos exerce com louvor a missão de ser a guarda da memória histórica da Bahia.

O primeiro livro trata justamente da “Casa da Bahia”. É a história da sede própria do IGHB, inaugurado solenemente em 2 de Julho de 1923, dia em que foi comemorado o primeiro centenário do 2 de Julho. Nele, além dos discursos proferidos por Theodoro Sampaio e Bernardino de Souza, principais mentores da obra, há poemas alusivos ao 2 de Julho e proferidos na ocasião por diversos poetas baianos. Seguem-se artigos publicados na Revista do IGHB e assinados por nomes como Manoel Querino, Xavier Marques, Edith Mendes da Gama e Abreu, Frederico Edelweiss e Monsenhor Manoel Aquino Barbosa.

No segundo livro, intitulado “A Obra da Bahia na Independência Nacional, estão contidos os textos “A Batalha de Pirajá”, de Miguel Calmon du Pin e Almeida (íntegra da conferência pronunciada em 8 de novembro de 1922 no Instituto Histórico e Geográfico do Brasil/IHGB), “A Bahia nas Cortes de Lisboa em 1821”, de Antônio de Araújo de Aragão Bulcão Sobrinho, e “Ação da Bahia na Obra da independência Nacional”, do historiador Braz do Amaral.

“Cartas de Dom Pedro, Príncipe Regente do Brasil, a seu pai Dom João VI, Rei de Portugal” é o título do terceiro livro. Nele estão além da correspondência, ativa e passiva, trocada entre os dois, informações pouco conhecidas sobre atos e fatos da época da Independência. Esta obra foi publicada uma única vez, em 1916, e é de autoria original de Eugênio Egas.

O quarto livro reúne uma coletânea de textos de alguns renomados e notórios sócios do IGHB: Luís Henrique Dias Tavares, Thales de Azevedo, José Calasans, Adroaldo Ribeiro Costa, Edith Mendes da Gama e Abreu e David Sales. A publicação original é de 1973, quando se comemorou o Sesquicentenário do 2 de Julho. Na época os textos foram reunidos e organizados pelo professor Remy de Souza, da então Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia.

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