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terça-feira 30 de março de 2021 às 10:21h

Colapso: Estado de Santa Catarina precisa decidir quem vai ou não para UTI

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Como em grande parte do Brasil, Santa Catarina enfrenta situação delicada no sistema de saúde, com falta de leitos de UTI e filas para atendimento de pessoas com covid-19. Por isso, a Secretaria Estadual de Saúde adotou um protocolo de triagem para decidir quais serão os pacientes transferidos para um leito da UTI. A informação foi revelada pelo Estadão.

Como não há leitos adequados para todos os pacientes, alguns vão para unidades de terapia intensiva, enquanto outro receberão tratamento paliativos.

Os critérios são da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, da Associação Brasileira de Medicina de Emergência, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. As instituições criaram o protocolo em maio de 2020.

O documento é uma lista de recomendações sobre como usar recursos e, assim, salvar o maior número de vidas possível em um momento em que o sistema está sobrecarregado.

Na última sexta-feira (26), a médica intensivista Lara Kretzer, primeira autora do documento da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, fez uma apresentação para os conselhos de secretários de saúde estaduais e municipais.

O primeiro critério adotado é o da gravidade da doença aguda e quantos órgãos foram afetados. O segundo é observar se o paciente tem doenças crônicas. Segundo Lara Kretzner, a ideia é avaliar se a pessoa está caminhando para o fim da vida, mesmo antes da covid.

O terceiro critério seria a funcionalidade, ou seja, quanto a pessoa aguenta fisicamente não apenas a doença, mas um tratamento agressivo como o da UTI.

Ao Ministério Público, o governo de Santa Catarina informou que em janeiro, fevereiro e março, 233 pessoas morrer a espera de um leito de UTI. Com a situação se agravando, de acordo com o Estadão, o governo estadual decidiu dividir os pacientes em dois grupos.

Os de “prioridade 1” são os que precisam de intervenções de suporte à vida e tem alta chance de recuperação. No grupo 2 estão pessoas que precisam ser monitorados por terem alto risco de precisarem de intervenção imediata, sem limitações para intervenção terapêutica.

Quem menos tem chance de chegar a UTI são os pacientes com baixa probabilidade de recuperação ou em fase terminal. Para essas pessoas, caso faltem leitos, a orientação é que eles recebam cuidados paliativos.

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