A Coesa, empresa que surgiu a partir da cisão da antiga OAS, acaba de aprovar seu plano de recuperação judicial, em assembleia geral de credores realizada na tarde desta terça-feira (2). Segundo o Valor, a companhia tem R$ 5,5 bilhões em dívidas incluídas no processo reestruturação.
O plano prevê o pagamento dos créditos por meio da geração de caixa da construtora e pelo recebimento de indenizações referentes a arbitragens herdadas da OAS. A empresa tem disputas relacionadas a três projetos, que no passado foram rescindidos: o Rodoanel de São Paulo; a Refinaria Abreu e Lima (PE), da Petrobras; e um projeto rodoviário em Trinidade e Tobago. A expectativa é arrecadar até R$ 2,6 bilhões com os processos, dos quais 90% deverão ser destinados ao pagamento de dívidas.
A maior parte dos créditos da recuperação judicial está com os credores quirografários, que detém R$ 4,5 bilhões. Para essa categoria, há três propostas. Para créditos até R$ 10 mil, a quitação será em parcela única, no primeiro aniversário da homologação do plano.
Para os demais, a proposta é fazer o pagamento ao longo de 25 anos. Outra opção é receber em até dez anos, com um corte de 80% no valor da dívida – porém, a depender do resultado das arbitragens, a parcela paga poderá subir do patamar mínimo de 20% para até 45% do valor total.