Conforme a coluna de Diego Escosteguy, do Bastidor, José Mauro Coelho está sob intensa brasa política mal completou um mês à frente da Petrobras. Terá que operar milagres segundo o colunista para permanecer na Presidência da companhia.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse e reiterou a aliados que a política de preços da Petrobras terá que mudar – tanto faz se com ou sem Coelho. Os chefes do centrão concordam.
O indicado do ex-ministro Bento Albuquerque não goza da menor simpatia junto ao presidente, ao Planalto e a Paulo Guedes. É chamado por muitos de “petista”, em virtude dos cargos que ocupou no governo Dilma Rousseff.
Para se reeleger, Bolsonaro precisa impedir a escalada de preços dos combustíveis. Coelho, na avaliação dos estrategistas do Planalto, será mais um a ser sacrificado na batalha de Bolsonaro contra a Petrobras.
O presidente determinou a Guedes que encontre uma maneira “técnica” de modificar a política de paridade de preços da Petrobras. A mudança teria que passar pelo conselho da empresa – e, para passar pelo conselho, provavelmente será necessário trocar conselheiros. “É para já”, ordenou Bolsonaro.
As ações técnicas e as possíveis mudanças de nomes serão combustível para a carreta eleitoral da reeleição. O presidente insistirá cada vez mais que está fazendo o possível e o impossível para reduzir os preços na bomba.
Caso as medidas políticas dêem errado, Bolsonaro passará a dizer que a Petrobras se comporta como inimiga do povo e que, portanto, precisa ser privatizada.
“Não vamos perder em outubro por causa dos babacas da Petrobras”, disse Bolsonaro a pessoas próximas na última semana.