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Mauro Cid está preso preventivamente por fraudes em cartões de vacina e é investigado em esquema de venda de presentes da União. - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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segunda-feira 21 de agosto de 2023 às 12:36h

Coaf identificou pagamento de joalheiro de Goiânia a Mauro Cid em 2022, diz relatório

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O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro, identificou uma transação financeira envolvendo um ourives de Goiânia e o tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O profissional diz que não conhece Cid.

Em relatório de inteligência financeira, obtido pelo O Globo, o órgão fez um destaque a uma transferência em parcela única de R$ 20.520 ao militar no ano de 2022 — não há indicação da data precisa.

O autor do depósito é o ourives Heitor Garcia Cunha, dono de uma barraca no Hipercamelódromo OK, em Goiânia, especializada na venda de aparelhos eletrônicos. Ele também trabalha em uma joalheria na capital goiana.

Ao jornal O Globo, Cunha afirmou que não conhece Cid e que alguém pode ter lhe pedido para fazer o repasse em nome do militar.

— Eu nem conheço essa pessoa. Pode ser que, em algum negócio que eu tenha feito, me passaram os dados dele para eu fazer o depósito. (…) Ontem, eu vi o nome da pessoa na imprensa e relacionei ao depósito — afirmou ele, acrescentando que “caiu de paraquedas” na história.

Questionado sobre qual seria esse negócio, ele disse não se recordar.

— Eu sou um comerciante. É movimentação normal minha. Sou joalheiro também — disse ele.

Procurada, a defesa de Mauro Cid não se pronunciou. Ele é investigado pela Polícia Federal (PF) sob a suspeita de desviar joias e relógios recebidos pela Presidência da República em viagens oficiais. O pagamento por esses objetos, que deveriam ter ficado no acervo da União, teria servido para o “enriquecimento ilícito” do grupo investigado, segundo a PF.

Cid está preso preventivamente desde maio no âmbito de outro inquérito que o investiga por supostas fraudes no cartão de vacinação dele, de Bolsonaro e de seus respectivos familiares.

O ourives teve o sigilo quebrado a pedido da CPMI de 8 de janeiro, que recebeu os relatórios de inteligência financeira de Cunha e Mauro Cid.

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