O CNJ tenta há um mês, sem sucesso segundo a coluna de Lauro Jardim, intimar Sergio Moro e Gabriela Hardt a respeito de uma representação disciplinar aberta em setembro contra os dois pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão. Antigos titulares de casos da Lava-Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba, os dois, assim como desembargadores do TRF-4, são investigados pelo que teria sido uma “gestão caótica” dos recursos captados por meio de acordos de delação e leniência no âmbito da operação.
Um oficial de Justiça esteve num escritório de Moro em duas ocasiões diferentes, em Curitiba, mas não encontrou o senador — ele estava em Brasília, segundo uma auxiliar. Ao pedir o contato telefônico do ex-juiz, o homem a serviço do CNJ ouviu uma negativa. Embora tenha deixado recado e também o próprio número à disposição, o oficial não foi procurado por Moro para concluir a intimação.
No caso de Gabriela, que deixou os casos da Lava-Jato em junho, as férias da juíza foram a razão do impedimento. Ela chegou a receber uma mensagem do oficial pelo WhatsApp, mas informou que estava numa viagem aos EUA (chegou a compartilhar a própria localização para comprovar a fala).
O caso foi devolvido ao CNJ em 29 de setembro sem que os dois tivessem sido notificados.