sábado 21 de dezembro de 2024
O presidente da CNI, Ricardo Alban - Foto: Gustavo Alcântara/CNI
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quarta-feira 24 de janeiro de 2024 às 06:13h

CNI: Ser contra política industrial moderna é ser contra desenvolvimento do País

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Em posicionamento que rebate críticas de economistas e as preocupações do mercado sobre o impacto do programa nas contas públicas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) emitiu nesta última terça-feira (23) posicionamento em defesa da política que visa reverter a desindustrialização do Brasil.

“O Brasil, enfim, tem uma política industrial necessária, adequada e viável. Ser contra uma política industrial moderna é ser contra o desenvolvimento do País. Temos, juntos, o compromisso de manter o rumo e propiciar os ajustes que venham a ser necessários”, declarou o presidente da CNI, Ricardo Alban, no texto.

A entidade sustenta que é zero o impacto fiscal “adicional” da Nova Indústria Brasil, como foi batizada a nova política industrial, uma vez que seu custo já está previsto no orçamento da União de 2024. Dessa forma, a CNI argumenta que o programa não compromete o plano de estabilidade fiscal. “Não há recursos novos ou adicionais do Tesouro.”

O único gasto fiscal está, conforme a CNI, na equalização de juros – isto é, a diferença entre o custo de captação do governo, à taxa Selic (hoje em 11,75% ao ano), e as taxas de juros menores oferecidas nas linhas de financiamento do plano. A estimativa da confederação é de que o custo médio anual do governo com a equalização é de R$ 3 bilhões, “uma cifra conservadora”.

Após lembrar que as maiores economias do mundo colocaram em marcha políticas industriais como a lançada ontem em Brasília, a CNI cita o abismo entre o valor anunciado para o financiamento da chamada “neoindustrialização” até 2026 – R$ 300 bilhões, ou cerca de US$ 60 bilhões – e as cifras trilionárias destinadas à industrialização verde nas economias desenvolvidas: Estados Unidos (US$ 1,9 trilhão); União Europeia (US$ 1,6 trilhão); Reino Unido (US$ 1,7 trilhão); e Japão (US$ 1,5 trilhão). O programa brasileiro, pontua a CNI, equivale a aproximadamente 3% do que os demais países estão fazendo.

“Como podemos entender que as diversas nações estão buscando desenvolver suas políticas indústriais, inclusive com ferramentas já conhecidas, e nós ficamos discutindo conceitos ideológicos? É hora de somarmos e transformamos políticas públicas em ações efetivas, e desenvolvermos o nosso país”, defendeu Alban no posicionamento da confederação industrial.

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