A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou o projeto que busca assinaturas no Congresso para determinar o fim da escala 6×1, regime de trabalho em que o funcionário folga apenas um dia na semana. A manifestação ocorreu em nota oficial divulgada nesta terça-feira (11).
Segundo a CNI, o projeto terá impactos negativos no mercado de trabalho e na capacidade competitiva das empresas, “sobretudo aquelas de micro e pequeno porte”. A nota defende que o tema da carga horária semanal seja tratado apenas em processos de negociação individual e coletiva.
“A justificativa de que uma redução da jornada estimularia a criação de novos empregos não se sustenta, é uma conta que não fecha. O que fomenta a criação de empregos é o crescimento da economia, que deve ser nossa agenda de país”, afirma na nota o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan.
O texto apresenta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre como, apesar de a jornada legal máxima ser de 44 horas semanais, o brasileiro trabalhava em média 39,2 horas por semana no 2º trimestre de 2024. O tempo médio teria ainda caído de 40,5 horas em 2012, quando houve a primeira mensuração.
“Isso é fruto de um processo contínuo de ajustes realizados via negociação, tanto coletiva como individual”, afirma Furlan.