A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou, por meio de nota, que o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) terá “papel estratégico” para diversificar as exportações brasileiras, ampliar a base de parceiros comerciais do País e fortalecer a competitividade do Brasil. Os dois blocos anunciaram a “conclusão final das negociações” para o acordo nesta sexta-feira, durante uma reunião em Montevidéu, no Uruguai.
“Além de diversificar nossas exportações e ampliar a base de parceiros comerciais, elevando o acesso preferencial brasileiro ao mercado mundial de 8% para 37%, o acordo trará uma inserção internacional alinhada com a agenda de crescimento inclusivo e sustentável, o que é essencial para garantir ganhos econômicos e sociais de longo prazo, e reforçar a competitividade global do Brasil”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban, na nota.
A entidade diz que o acordo é um passo importante para “reverter o processo de re-primarização das exportações nacionais”. Aproximadamente 97% das exportações industriais brasileiras para o mercado europeu terão tarifa zero a partir da vigência do termo, o que incentiva o setor industrial no Brasil a exportar bens de maior valor agregado, segundo a CNI.
“Outro impacto relevante está na criação de empregos. Em 2023, a cada R$ 1 bilhão exportado para o bloco europeu, foram criados 21,7 mil empregos, superando mercados como o chinês, que abriu 14,4 mil empregos por bilhão de reais exportado”, diz a CNI.