A cirurgia de emergência do presidente Lula da Silva (PT) na terça-feira (10) frustrou seu plano de começar a reforma ministerial de seu governo pela área da Comunicação. Ela era esperada ainda para este mês, antes mesmo, segundo a coluna de Mônica Bergamo, da Folha, da definição de outros movimentos no tabuleiro de xadrez do governo.
Como a coluna revelou na semana passada, Lula pretende empoderar o publicitário Sidônio Palmeira para que ele tenha, no atual governo, o mesmo papel que os marqueteiros Duda Mendonça e João Santana tiveram em governos anteriores, do próprio petista e de Dilma Rousseff (PT).
O publicitário pode virar ministro, o que Lula já disse desejar, ou ser uma espécie de “ministro sem pasta”, como ocorreu com os outros dois profissionais, que tinham mais acesso à Presidência da República do que boa parte dos demais auxiliares dos governos que assessoravam.
Depois da revelação da coluna, o próprio Lula afirmou publicamente que fará mudanças na área da Comunicação. “Há um erro no governo na questão da comunicação e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame de que a gente não está se comunicando bem”, declarou o presidente.
O ministro Paulo Pimenta, que atualmente comanda a Secretaria de Comunicação (Secom), afirma que está pronto para qualquer missão que Lula dê a ele. “A conversa entre nós é franca e aberta” disse ele à coluna, ressaltando que nada ainda foi oficializado pelo presidente.