Ministro da Casa Civil e presidente licenciado do Progressistas, o senador Ciro Nogueira começou a consultar oficialmente segundo a coluna de Igor Gadelha, a cúpula e integrantes do PP para saber se concordam ou não com uma possível filiação do presidente Jair Bolsonaro à legenda.
As sondagens começaram na semana passada, quando Ciro passou a ligar para lideranças da sigla. Na sexta-feira (24/9), ele também promoveu uma reunião virtual com parte dos presidentes estaduais e parlamentares dão partido para debater o assunto.
A maioria dos dirigentes que participou do encontro se posicionou a favor da entrada de Bolsonaro no Progressistas. Uma das poucas que teria feito ponderações contra a filiação foi a deputada federal Celina Leão, presidente da legenda no Distrito Federal.
Além de Celina, participaram da reunião virtual os deputados federais Ricardo Barros, que controla o Progressistas no Paraná; Neri Geller, que comanda o partido no Mato Grosso; e Dr. Luizinho, que preside a legenda no Estado do Rio de Janeiro.
Secretário de Transportes Metropolitanos do governo João Doria em São Paulo, o ex-deputado e ex-ministro Alexandre Baldy também participou da conversa e se posicionou a favor da filiação de Bolsonaro. Baldy controla a sigla em Goiás.
Resistências
A maioria pro-filiação na reunião virtual, porém, não reflete o cenário geral no Progressistas. Contrária à entrada de Bolsonaro no partido, a maioria dos dirigentes estaduais da sigla no Norte e Nordeste não participou do encontro.
Dirigentes desses estados, entre eles, Bahia e Pernambuco, argumentam que a entrada do atual presidente da República no Progressistas atrapalhará a formação de alianças com legendas de esquerda em nível regional, para as eleições de 2022.
Já aqueles que são favoráveis sustentam que, uma vez no partido, Bolsonaro ajudará a sigla a eleger uma bancada robusta na Câmara dos Deputados, foco principal do Progressistas em eleições gerais, por ser o principal critério para divisão do fundo partidário.