O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, defendeu na manhã deste domingo (13) em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que a chamada “PEC da transição” — articulada pela equipe de Lula junto ao Congresso para garantir o pagamento de 600 reais do Bolsa Família e outros gastos sociais — deve se limitar a garantir as promessas feitas pelas candidaturas do petista e do presidente Jair Bolsonaro, derrotado no último dia 30.
“A PEC da Transição, como o próprio nome diz, é para a TRANSIÇÃO. Deve garantir somente os pontos comuns das duas candidaturas: 600 reais de auxílio e aumento real do salário mínimo em 2023. TODOS os outros temas da agenda do novo governo merecem ser, primeiro, conhecidos, assim como sua política econômica. E, depois, discutidos com a legitimidade do novo Congresso”, afirmou Nogueira, em nota enviada às 6h13.
Presidente licenciado do PP e senador licenciado, ele afirmou ainda que todos os parlamentares que compõem a base do atual governo e “têm o direito de se posicionar livremente”. “O posicionamento que defenderei no Progressistas é o de aprovar uma PEC, sim, mas para a transição, para garantir estabilidade para o primeiro ano do governo”, disse o ministro.
“O Congresso atual, que sai, não pode cassar a prerrogativa do novo, que chega legitimado pelo povo nas urnas e ainda nem assumiu. Não pode chancelar decisões dos próximos quatro anos no apagar das luzes. A vontade popular tem de ser respeitada”, concluiu.