araNo dia 1º de janeiro, o cantor Gusttavo Lima fez telefonemas a alguns amigos para desejar mais do que um “feliz ano novo”. O cantor anunciava que iria se lançar numa nova empreitada, a de se candidatar à Presidência da República. O senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PP-PI), que é amigo do artista, foi um dos destinatários da ligação feita pelo cantor, que está nos Estados Unidos.
— A gente já tinha conversado há mais de um ano sobre ele se candidatar a senador por Goiás, em 2026. O Gusttavo já manifestava esse desejo e conversamos sobre a possibilidade dele se filiar ao PP. Eu, inclusive, fui quem levou a informação ao Bolsonaro naquela época. Mas na quarta-feira ele me ligou e disse que seria candidato à Presidência — contou Ciro à coluna de Bela Megale, do O Globo.
O senador disse ainda conforme o jornal, que, hoje, não vê espaço para um nome que não seja Jair Bolsonaro ou Lula e aconselhou Gusttavo Lima:
— Falei que, se ele quer mesmo concorrer, deveria ter o apoio do Bolsonaro.
Liderança do centrão que deu uma guinada à direita e ocupou o posto de ministro na gestão Bolsonaro, Ciro Nogueira não compactua com a tese de que o anúncio do cantor seria uma jogada ensaiada com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. O goiano, que é pré-candidato ao Palácio do Planalto, não mostrou resistência à concorrência e disse que, “no primeiro turno, tem espaço para todo mundo”.
— Acho que o Caiado não teve influência nessa decisão. Tenho 99% de certeza que isso não é articulação dele.
Sobre a possibilidade de filiar Gusttavo Lima ao PP, o presidente da legenda adotou cautela e disse que, agora, o cenário é diferente.
— Eu já tinha convidado o Gusttavo para ir pro PP, para se candidatar ao Senado. Agora, com a intenção de concorrer ao Palácio, é uma coisa nova, que pegou todos de surpresa. Tenho que ver a viabilidade dele e também discutir isso internamente no partido.