O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) não conseguiu segundo a Folha, repetir neste ano o patamar de doações que teve em 2018. Até agora, o ex-ministro contabiliza R$ 97.755,16, menos de 10% do R$ 1,1 milhão alcançado nas últimas eleições, em valores já corrigidos pela inflação.
Como comparação, Simone Tebet (MDB), que tem aparecido em algumas pesquisas em empate técnico com o pedetista, registrou R$ 200 mil de doações apenas do aliado e senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Ciro dispõe de R$ 33.397.755,16 para gastar segundo sua declaração ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até o momento — ela ainda pode ser atualizada.
Do total de seu orçamento de campanha, 99,71% vieram do Fundo Eleitoral. Seu maior doador é Fernando Oliveira Bezerra, empresário da construção civil, que contribuiu com R$ 4.000. Da última vez que disputou a Presidência, o fundão representou 96,21% do que o pedetista tinha para gastar.
Os valores contrastam com 2018, quando seu maior doador, Gerardo Rodrigues Bezerra, o apoiou com R$ 400 mil, o equivalente a R$ 502,9 mil com a correção do IPCA. Sua ex-mulher Patrícia Pillar, que havia doado R$ 2.400, não consta entre os colaboradores desta vez.
Nem mesmo o financiamento coletivo alcançou cifras semelhantes: são R$ 88 mil agora, ante R$ 441,9 mil em 2018.
Ciro ainda pode atualizar os valores doados na prestação de contas do TSE embora, a uma semana das eleições, não seja provável haver alterações significativas. A última atualização obrigatória no sistema foi em 13 de setembro.