“Não foi algo previamente articulado, mas terminou sendo uma tendência que vai ocorrer agora nas eleições”. Essas foram as palavras do deputado federal Paulo Azi (União Brasil) sobre a iniciativa, apelidada de ‘Cinturão 44’, criada pelo diretório estadual da sigla visando ampliar a influência do União Brasil nas cidades localizadas na região metropolitana de Salvador.
A declaração foi dada durante entrevista ao Podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (22). Na oportunidade, Azi afirmou que essas alianças são fruto das administrações que o União Brasil tem feito, sobretudo em Salvador. “Isso reflete nos municípios, especialmente os da RMS. O grande trabalho que o prefeito Bruno Reis (União Brasil), que já ocorreu no passado com ACM Neto, influência nos municípios”, disse o deputado federal.
Na região metropolitana, o União Brasil possui o prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo, que tem como pré-candidato a sucedê-lo o vereador e presidente da Câmara, Flávio Matos (União Brasil) com a vice Professora Angélica, que é vereadora de Camaçari filiada ao PP.
Em Simões Filho, o partido vai disputar a cadeira deixada por Dinha Tolentino (MDB) com o presidente da Câmara Municipal, Del do Cristo Rei, que se filiou ao União no início do mês.
Essa mesma articulação ocorreu em Lauro de Freitas com a saída da vereadora Débora Régis do PDT e sua filiação ao União Brasil na disputa à prefeitura da cidade.
E o Republicanos?
Tido como “aliança histórica”, nas palavras do próprio Paulo Azi, não parece ter ficado confortável em andar lado a lado com o União Brasil nesse ‘Cinturão’. Liderado pelo deputado federal Márcio Marinho, a legenda ligada à Igreja Universal não deve apoiar o partido no projeto de “reforço” do União na Região Metropolitana. Paulo Azi comentou a decisão do Republicanos e disse entender que nem sempre a sigla e o União Brasil vão está alinhados.
“Temos uma relação com o Republicanos que é histórica. A gente sempre procura conversar, mas claro que cada partido tem a sua independência e a gente sabe respeitar. Nossa busca é pela parceria, mas isso não significa que estaremos juntos em todos os municípios e situações. A gente respeita a posição do partido e é natural. A gente precisa entender que cada partido tem o seu projeto, o seu interesse e, às vezes, esse interesse não é convergente”, destacou o deputado federal.