Uma pesquisa científica divulgada na Science Translational Medicine descobriu que uma disfunção em uma pequena região do cérebro é causadora do mal de Alzheimer, doença que provoca falhas de memória e perda cognitiva. Com isso, será possível detectar o desenvolvimento da doença e antecipar o diagnóstico do tratamento.
Desenvolvido por cientistas da Universidade de Havard e liderado por Heide Jacobs, o estudo mapeou o cérebro de 174 pacientes do Hospital Geral de Massachusetts, ligado à universidade, além de examinar o cérebro de mais de 2 mil pessoas acometidas pela doença que já morreram.
A equipe descobriu que uma pequena estrutura cerebral, de 2mm por 12mm de largura, chamada “locus coeruleus” (‘local azul’, em latim) está ligada ao Alzheimer. A má preservação desta região catalisa a doença, que surge no momento em que duas proteínas, beta-amiloide e tau, formam uma estrutura bioquímica errada e prejudicial à saúde.
Por meio de equipamentos de última geração e ressonância magnética de alta resolução, os cientistas viram que a má formação das proteínas impede o trabalho de limpeza no sistema nervoso, que elimina as proteínas inúteis em um organismo saudável.
“As descobertas estão alinhadas com os dados de doenças neurológicas nos quais o acúmulo de tau no locus coeruleus se relaciona à progressão da doença. Isso o identifica como um indicador promissor dos processos iniciais relacionados ao mal de Alzheimer e das mudanças de trajetórias cognitiva em estágio pré-clínico da doença”, explica Jacobs no artigo científico.
Quais são os sintomas do Mal de Alzheimer?
Os sintomas do alzheimer são separados por fases, já que as etapas da doença envolvem quadro clínicos diferentes.
O primeiro estágio, de forma geral, também é quando se apresentam os primeiros sintomas do alzheimer. Nessa fase, o paciente pode demonstrar:
- Comprometimento da memória, até mesmo para atividades que acabaram de acontecer;
- Dificuldade de aprendizado;
- Se perder em locais familiares;
- Dificuldade para tomar decisões;
- Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas;
- Mudanças de humor;
- Alteração na personalidade e
- Mudanças nas habilidades visuais e espaciais.
Na segunda fase do Alzheimer, o paciente:
- Apresenta dificuldade de falar;
- Deixa de conseguir morar sozinho;
- Pode ter alucinações;
- Pode se perder até mesmo dentro de casa;
- Repete constantemente as mesmas perguntas;
- Apresenta agressividade;
- Apresenta problemas de coordenação motora, que acarretam em dificuldades para realizar tarefas simples e
- Apresenta agitação constante.
A terceira fase do alzheimer pode abarcar:
- Incontinência urinária e fecal;
- Dificuldade para se alimentar e engolir;
- Comportamento inapropriado em público;
- Não conseguir entender o que acontece ao seu redor;
- Resistência em cumprir atividades diárias e
- Deficiência motora, inclusive com dificuldade para caminhar e até mesmo o uso de cadeira de rodas.
A quarta fase do alzheimer é considerada a fase terminal, sendo que nessa etapa o indivíduo pode apresentar:
- Mutismo;
- Não reconhecer familiares, amigos ou objetos conhecidos;
- Restrição de leito por dificuldade completa de movimentos e
- Infecções constantes.