Embora seja a região do Brasil que menos gera lixo em atividades domésticas e de limpeza urbana, o Norte é a que mais destina os resíduos de maneira inadequada no país, seguida de perto pelo Nordeste.
A conclusão está no relatório “Panorama dos resíduos sólidos no Brasil”, elaborado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) com dados de 2022. O estudo considera como destinos inadequados aos resíduos, com riscos ao meio ambiente e à saúde pública, lixões, aterros controlados, valas e vazadouros.
Segundo o levantamento, os estados do Norte geraram no ano passado 5,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, 7,3% do total nacional, das quais 82,8% foram coletadas. A destinação final de 2,9 milhões de toneladas (63,4%) do lixo foi feita de maneira inadequada na região, enquanto 1,6 milhão de toneladas (36,6%) foram descartadas corretamente.
No Nordeste, que gerou 18,9 milhões de toneladas de resíduos, segunda maior proporção regional no país (24,6%), atrás apenas do Sudeste, 82,7% foram coletadas – menor índice no Brasil. Os estados nordestinos deram disposição final inadequada a 9,8 milhões de toneladas de resíduos (62,7%) e adequada a 5,8 milhões de toneladas (37,3%).
Região que mais gerou resíduos em 2022, 38 milhões de toneladas, o equivalente a 49,4% de toda a geração nacional, o Sudeste é também a que lidera em coleta (98,6%) e destinação adequada do lixo (74,3%).
No Brasil como um todo, foram geradas 77,1 milhões de toneladas de resíduos em 2022, uma média de 380 kg por habitante, das quais 93% foram coletadas. A maior parte do lixo urbano no país, 43,8 milhões de toneladas (61,1%), foi descartada de maneira apropriada, ante 27,9 milhões de toneladas (38,9) destinadas inadequadamente.