Em razão das constantes falhas no fornecimento de energia elétrica por parte da Neoenergia Coelba, alguns municípios do interior da Bahia tiveram o fornecimento de água interrompido. A cada interrupção da energia, as máquinas param, impedindo a captação, bombeamento, tratamento e distribuição da água para a população.
“Quando as bombas param, as tubulações e reservatórios de água se esvaziam, exigindo tempo para recuperar a pressão e conseguir abastecer a população. Nos grandes sistemas integrados, isso significa um tempo maior de retorno para as localidades mais distantes”, explica o presidente da Embasa, Leonardo Góes.
Na manhã desta sexta-feira (29), a barragem de Aracatu, no sudoeste baiano, ficou sem energia. Com isso, as bombas pararam de operar, interrompendo o fornecimento de água para Aracatu, Vila Mariana, Piabanha e povoados do Lajedão, Mergulhão, Cachoeira, Santa Luzia, Tamboril, Traíras, Cantinho, Pau Ferro, Bom Jardim, Olhos D’Água, Poço da Onça, Caldeirão, Passagem do Lajedo, Pimenta, Morros, Lagoa do Potraz, Gentil, Batateira, Duas Barras, Patos e São José.
Busca de soluções
Diante das falhas constantes no fornecimento de energia, a Embasa tem recorrido a geradores em diversos equipamentos, como os novos poços que estão sendo perfurados para enfrentar a estiagem do El Niño, pois a Coelba demora de seis meses a um ano para eletrificar esses equipamentos. “Acabamos recorrendo a geradores para ligar os poços, mas isso não pode ser feito em estações de captação e tratamento, que são estruturas de maior porte, pois os geradores não conseguem fornecer a quantidade de energia necessária. É preciso mesmo contar com o fornecimento pela rede da Coelba”, detalha o diretor técnico e de Planejamento da Embasa, Clécio Cruz.
Com o objetivo de cobrar a melhoria do serviço da concessionária de energia, a Embasa tem realizado reuniões frequentes com a Coelba, apresentando o impacto que as falhas no fornecimento têm causado nos sistemas de água e demandando soluções que, efetivamente, permitam a operação dos sistemas de água com regularidade.
Procurada pela reportagem, a Neoenergia Coelba não respondeu aos questionamentos até o fechamento do texto.