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quarta-feira 13 de julho de 2022 às 07:15h

China vai pagar vítimas de fraude bancária após protestos

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As autoridades chinesas começarão a pagar a maioria das vítimas do maior golpe bancário do país, depois que centenas de clientes irritados voltaram às ruas no fim de semana para aumentar a pressão sobre o governo.

Os clientes dos quatro bancos rurais na província central de Henan e um em Anhui serão reembolsados a partir de sexta-feira, de acordo com declarações de agências locais da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China. Pessoas com depósitos de até 50 mil yuans (R$ 40 mil) serão reembolsados ​​primeiro, com o restante sujeito a aviso prévio.

Centenas de clientes de bancos protestaram no domingo (10) depois que manifestações semelhantes eclodiram em maio e novamente no final de junho em Zhengzhou, uma cidade de cerca de 10 milhões de habitantes, pedindo às autoridades que devolvam dezenas de bilhões de yuans em depósitos em um suposto golpe. Isso levou o órgão de vigilância bancária a acelerar a elaboração de um plano para resolver os riscos, mesmo quando uma investigação policial ainda está em andamento.

“O último movimento mostra que o governo local está tentando manter a estabilidade social adiantando uma pequena quantia de pagamentos de seus bolsos”, disse Liao Zhiming, analista-chefe de banco da China Merchant Securities Co.

Ele espera que pagamentos futuros de grandes somas não sejam realizados integralmente a alguns dos clientes porque os fundos não são considerados como depósitos e não serão protegidos pelo esquema de seguro de depósito do país.

Uma investigação oficial sobre o caso descobriu que a Henan Xincaifu Group Investment Holding Co., uma empresa de investimento privada com participações nos cinco credores, conspirou com funcionários do banco para receber depósitos e comercializar produtos financeiros por meio de plataformas on-line e depois transferiu o dinheiro fabricando acordos de empréstimos falsos. As contas foram congeladas como parte da investigação e os depositantes protestam desde maio porque não conseguem acessar suas economias.

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