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A China, maior compradora mundial de soja, paralisou o recebimento de embarques de soja brasileira de cinco empresas. A decisão foi tomada após cargas não atenderem os requisitos fitossanitários, é o que apontam duas fontes de conhecimento direto do assunto à Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (22).
Segundo a reportagem, os embargos entre os dois países começaram quando o Brasil, maior exportador mundial de oleaginosas, suspendeu desde 8 de janeiro os embarques para a China, das empresas Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa Agroindustrial, afirmou uma das fontes.
Dias depois, em 14 de janeiro, a alfândega chinesa suspendeu os embarques da Cargill Agricola SA e da ADM do Brasil, acrescentou a fonte. Houve preocupações ainda com algumas cargas onde foram encontradas contaminação química, pragas ou insetos, disseram fontes.
Um trader de uma esmagadora de soja sediada na China ouvido pela Folha afirmou que houve uma tentativa de liberar a soja enviadas pelas empresas no site da alfândega chinesa, sem sucesso. O tempo de duração da suspensão ainda é indefinido, embora a expectativa dos traders seja de um curto prazo.
De acordo com as fontes, a liberação depende do envio de provas das empresas brasileiras para mostrar o que houve de errado no processo para que fossem encontradas as irregularidades, além da apresentação de um plano para correção das falhas.
Procuradas pela reportagem, as controladoras das empresas afetadas não responderam imediatamente a pedidos de comentários. A Administração Geral das Alfândegas da China não respondeu a pedido de comentário. Atualmente, a China compra mais de 60% da soja embarcada em todo o mundo e tem como seu principal fornecedor, justamente, o Brasil.
