As principais empresas de energia da China, que pertencem ao Estado, receberam a ordem de assegurar a qualquer custo reservas suficientes para garantir o fornecimento durante o inverno, após os apagões registrados recentemente no país.
Em uma reunião de emergência, o vice-primeiro-ministro Han Zheng afirmou às empresas do setor de energia que estas devem garantir combustível suficiente para manter o país em funcionamento e advertiu que Pequim não toleraria mais apagões, informou a agência Bloomberg, que citou fontes próximas ao caso que pediram anonimato.
Esta ordem pode encarecer ainda mais os já elevados preços do mercado energético e dos combustíveis a nível mundial.
O gigante asiático foi afetado em várias regiões por apagões de energia elétrica que provocaram a suspensão ou redução das atividades em várias fábricas, o que afetou as redes de abastecimento de multinacionais como Tesla ou Apple.
A crise é explicada por uma confluência de fatores como o aumento da demanda de energia no exterior, os preços recordes do carvão, o controle estatal sobre o preço da energia elétrica e um endurecimento das metas de emissões de poluentes.
Após os apagões, alguns bancos, como o Goldman Sachs ou Nomura, reduziram as perspectivas de crescimento econômico para a China em 2021.