O governo chinês anunciou neste domingo, 5, uma meta de crescimento de “cerca de 5%” para o ano de 2023. O número faz parte do plano de retomada da economia do país, após a desaceleração causada pela pandemia de covid-19. No ano passado, a China cresceu 3%, um dos desempenhos mais fracos desde os anos de 1970.
Os planos foram anunciados pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, durante o Congresso Nacional do Povo (NPC), o maior evento político da China, realizado anualmente em Pequim, onde são divulgadas as principais estratégias e medidas do governo chinês.
No texto lido pelo primeiro-ministro, ele disse que a meta é criar cerca de 12 milhões de empregos na área urbana. O déficit orçamentário deve ficar em 3% do Produto Interno Bruno (PIB). Li Keqiang pediu ainda um aumento dos gatos do consumidor, aumentando a renda familiar, mas não deu detalhes de como isso seria feito.
“A inflação global continua alta, o crescimento econômico e comercial global está perdendo força e as tentativas externas de reprimir e conter a China estão aumentando”, disse Li Keqiang.
Para impulsionar a economia, a China vai manter seu foco em projetos de infraestrutura. O governo planeja um investimento de 550 bilhões de dólares neste ano. O orçamento militar terá um aumento de 7,2% em 2023, em um momento de contexto de Guerra na Ucrânia e constantes disputas políticas com os Estados Unidos.