Das 27 unidades da Federação, 14 tiveram a China como principal destino de suas exportações em 2022. Em 11 a proporção em relação ao total exportado foi pequena, inferior a 10%. Veja no infográfico abaixo publicado pelo Poder360:
O Tocantins tem a maior proporção: a China foi o destino de 54,1% das vendas do Estado no exterior. Em 2019, último ano antes da pandemia, o 1º lugar havia sido do Piauí: 66,1% do total.
A China também liderava as exportações de 14 Estados em 2019. Mas a proporção do total era maior que a média do país em 10. Em 2022, foi assim em 8 unidades da Federação.
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A exportação brasileira para a China em 2022 foi recorde: US$ 89 bilhões.
Mas a proporção de 26,8% do total foi a menor desde 2017. As vendas para outros países cresceram mais. Veja no gráfico abaixo o histórico de 2012 a 2022 do volume exportado para a China (em bilhões de dólares) e o quanto disso representava no total:
Desde outubro de 2022, as vendas do Brasil para a China crescem em relação ao mesmo mês do ano anterior. Antes disso, houve 5 meses de queda (abr-set.2022). Em dezembro o país asiático flexibilizou restrições contra a covid.
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Análise
O peso das compras chinesas dos Estados mostra o quanto o país é relevante para o país, embora sua participação já tenha sido maior.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará na China no fim de março. Tentará conseguir do presidente chinês Xi Jinping o aumento da compra de produtos brasileiros.
Há expectativa de retomada da economia. É uma das poucas chances para salvar o PIB brasileiro neste ano. As previsões de analistas de mercado seguem abaixo de 1%.
A conversa não será fácil. Os chineses também querem maior acesso ao mercado brasileiro. Pressionam por um acordo com o Mercosul. O Uruguai se dispõe a negociar separadamente.
O Brasil quer chancelar antes o tratado com a União Europeia, que já está mais adiantado. O risco é as negociações com a China atropelarem o que já está acertado com os europeus.
São negociações bastante delicadas, com risco de derrota nas duas frentes.