O ataque lançado pelo Pentágono na última quinta-feira (2), que assassinou o general iraniano Qassem Soleimani, continua sendo o grande tema da agenda política internacional.
Entre as grandes potências do planeta, a que mais tardou em expressar uma posição mais contundente sobre o tema foi a China. Embora tenha condenado a ação desde o primeiro dia, o país evitou criticar mais fortemente os Estados Unidos, como fez nesta segunda-feira (6), através de um comunicado no qual afirma esperar “que os Estados Unidos saibam frear essa aventura militar no Oriente Médio, para evitar uma escalada de tensão nessa região.
A declaração foi difundida por Geng Shuang, porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da China, que completou dizendo que o país solicita que “os Estados Unidos e demais partes interessadas devem exercer a moderação, com o fim de prevenir uma maior confrontação, e em vez disso, podem tomar medidas para restabelecer um diálogo, que permita reduzir as contradições”.
Além do assassinato de Soleimani, o Pentágono também foi responsável por outro ataque em terras iraquianas, que acabou com a vida de 12 pessoas, entre o líder das Forças de Mobilização Popular, Abu Mahdi al Muhandis.
Em resposta, o presidente do Irã, Hassan Rohani, assegurou que seu país “e outros que buscam a liberdade na região vingarão” a morte de Soleimani, considerado um herói nacional. Por sua parte, o presidente estadunidense Donald Trump, anunciou que “estabeleceu 52 alvos no Irã, alguns de alto nível para a cultura local, e que podem ser golpeados de forma rápida e muito dura”.