O governo da China alertou nesta terça-feira (19) que tomará “medidas fortes” se a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitar Taiwan, depois que o Financial Times disse que ela iria para a ilha reivindicada pelos chineses no mês que vem.
Pelosi e sua delegação também visitarão Indonésia, Japão, Malásia e Cingapura e passarão um tempo no Havaí na sede do comando Indo-Pacífico dos EUA, acrescentou o jornal londrino, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
O Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan disse que “não recebeu informações relevantes” sobre nenhuma visita.
Questionado sobre a reportagem, Drew Hammill, vice-chefe de gabinete de Pelosi, disse: “Não confirmamos ou negamos viagens internacionais antecipadamente devido a protocolos de segurança de longa data”.
A visita da líder democrata a Taiwan foi adiada de abril, depois que ela testou positivo para Covid-19. Na época, a China disse que tal visita afetaria severamente as relações China-EUA.
Em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que qualquer visita de Pelosi “minaria seriamente a soberania e a integridade territorial da China”.
“Se o lado dos EUA se apegar obstinadamente a esse curso, a China definitivamente tomará medidas resolutas e fortes para defender firmemente sua soberania nacional e integridade territorial”, disse ele.
“Os Estados Unidos precisam ser totalmente responsáveis por todas as consequências causadas por isso.”
(Por Yew Lun Tian; reportagem adicional de Anirudh Saligrama e Shivam Patel em Bengaluru, Ben Blanchard em Taipei e Patricia Zengerle em Washington)