O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou, nesta terça-feira (7), “a ameaça virulenta” da discriminação e do racismo e criticou a violência contra as mulheres, as pessoas LGBTQIA+ e outras minorias no mundo.
“A discriminação e o racismo são ameaças virulentas, tanto à dignidade humana quanto às nossas relações como seres humanos”, alertou Volker Turk, em seu primeiro discurso perante o Conselho de Direitos Humanos desde que assumiu o cargo há seis meses.
“Eles dão armas ao desprezo. Humilham e violam os direitos humanos, alimentam rejeições e desesperam e impedem o desenvolvimento”, acrescentou o responsável em um vibrante discurso, no qual revisou os casos mais flagrantes de violação dos direitos humanos no mundo, do Afeganistão ao Irã, passando pelo Brasil.
O alto comissário destacou a violência policial em muitos países contra pessoas negras, um “exemplo do dano estrutural profundamente enraizado na discriminação racial”.
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, Turk também alertou sobre “o alcance e a magnitude da discriminação contra mulheres e meninas, uma das piores violações dos direitos humanos no mundo”.
E denunciou a situação no Afeganistão, onde o Talibã privou as mulheres da maior parte de seus direitos humanos, e no Irã, onde os manifestantes exigem mais direitos para as mulheres, em muitos casos colocando suas vidas em perigo.
Com relação aos avanços nesta área, Turk citou o progresso em Serra Leoa e na Espanha.