A chapa PT-PSB enfrenta dificuldades para consolidar seus palanques estaduais, de acordo com matéria de Victor Correia do Correio Braziliense . Em Pernambuco, a aliança sofreu um baque com a perda de respaldo do PSD, que desembarcou da coligação Frente Popular e declarou apoio à pré-candidata ao governo estadual e deputada federal Marília Arraes (Solidariedade).
Composta agora por 12 partidos, a coligação tem como pré-candidato o deputado Danilo Cabral (PSB). PP e Avante, que também compõem a frente, já sinalizaram que vão fazer o mesmo movimento.
Ainda segundo a publicação, Marília Arraes lidera as pesquisas locais com 28,8% das intenções de voto, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado na segunda-feira. Em seguida, aparece a ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB), com 16%. Danilo Cabral, por sua vez, ficou em quinto lugar, com 7,1%.
O baixo desempenho de Cabral nos levantamentos é um dos motivos da debandada. No caso do PSD, porém, o que pesou para a saída da Frente foi a escolha da deputada estadual Teresa Leitão (PT) para concorrer ao Senado. A legenda defende a pré-candidatura do deputado federal André de Paula (PSD), que, inclusive, foi lançada na segunda-feira em evento com a presença de Marília Arraes.
A perda do apoio do PSD pode ter impacto na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Pernambuco. O PSB — que compõe a chapa do petista com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin como vice — já estabeleceu a estratégia de colar a imagem de Cabral à de Lula
De acordo com o Correio Braziliense, a troca favorece Marília Arraes, que também usa a imagem do petista em sua campanha, com aval do ex-presidente. Lula já declarou oficialmente seu apoio a Danilo Cabral, afirmando que ele é “seu candidato”, mas disse não ver problema em ser citado em outras campanhas.