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sábado 2 de fevereiro de 2019 às 04:46h

Chanceler cogita ‘sanções específicas’ e diz que pressão sobre Venezuela continua

POLÍTICA


Ernesto Araújo convocou entrevista coletiva para falar sobre crise no país. Reeleito, Maduro tomou posse, mas Brasil diz que mandato é ‘ilegítimo’ e reconhece Juan Guaidó como presidente.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta última sexta-feira (1º) que “sanções específicas” contra a Venezuela podem “acelerar mudanças” no país vizinho. Disse também, em uma entrevista coletiva, que a “pressão diplomática” continua.

A Venezuela vive uma profunda crise política, social e econômica. A inflação no país já ultrapassa 1.000.000% ao ano; milhões de cidadãos fugiram do país nos últimos anos; e políticos de oposição têm denunciado perseguição política por parte do governo.

“Sanções específicas podem ajudar a acelerar mudanças políticas. No caso específico, teríamos que ver se sanção seria compatível com legislação brasileira e se seria útil realmente para acelerar a transição. Então, é algo que não dá para ver em abstrato. Mas o principal é a pressão diplomática continuada em favor da transição democrática”, afirmou Ernesto Araújo.

Reeleito para um novo mandato até 2025, o presidente venezuelano Nicolás Maduro tomou posse no mês passado. O Brasil, os Estados Unidos, o Parlamento Europeu e parte da comunidade internacional, contudo, não reconhecem a legitimidade de Maduro no cargo.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que reconhece o presidente da Assembleia Nacional do país, Juan Guaidó, como presidente da Venezuela. Guaidó é um dos principais líderes da oposição a Maduro.

Na opinião do chanceler brasileiro, a Venezuela vive uma ““situação de genocídio silencioso” e o caminho para Maduro é “a porta da rua”.

De acordo com o ministro, “elementos de pressão” contra a Venezuela podem ser pensados.

“Do ponto de vista de pressão externa sobre o regime, congelamento de bens é um instrumento útil”, ressaltou.

Tentativa de ‘golpe’

Desde que o Grupo de Lima, do qual o Brasil faz parte, decidiu não reconhecer a legitimidade do governo Maduro, o presidente venezuelano tem dito que é alvo de uma tentativa de “golpe de Estado”.

Maduro afirma, ainda, que a Venezuela é alvo de perseguição ilegal por parte dos Estados Unidos porque, segundo ele, o país tem interesse no petróleo venezuelano.

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